segunda-feira, 15 de novembro de 2010

(Des)Cabeleireira

 Não pensava em ser cabeleireira!

Sempre fui ligada a cabelos: aos 5 cortei o cabelo joãozinho, chanel aos 8. Na adolescencia aderi as infinitas possibilidade de cor e de cortes mais ousados. Pelas ruas ia observando as madeixas alheias e imaginando como as descabelararia .A influencia da família também era forte: cresci em meio a tesouras, esmaltes e barulho de secador. Minha mãe atendendo a vizinhança em casa e minhas tias em Minas donas de um salão de beleza.Mas ainda assim não me enxergava neste oficio.

Só mesmo quando comecei a trabalhar como maquiadora, até então pra mim  uma forma de ganhar algum trocado enquanto o teatro não rolava,  foi que me vi diante do desafio de ser uma cabeleireira.
Mas o ponto crucial foi uma "cagada" que fizeram com minha madeixas (quem nunca passou por uma dessas?)... Queria um corte moderno e ousado, mas que fosse prático, ou seja, que só me desse o trabalho de lavar e ponto! Mas o santo do cabeleireiro ao finalizar me disse q era só secar com secador!!!!!!!!!!!!!!!!! ficou horrível! Tentei concertar a m... em outro cabeleireiro, mas não deu certo e decide fazer justiça com as minhas próprias mãos. Desde 2005 venho me descabelando, como se meu cabelo fosse uma obra em progresso constante: já que eles não param de crescer sigo intervindo.

Minha amiga Bea foi a primeira "cobaia", um dia cortando meus cabelos ela me pediu para que cortasse os dela, detalhe que eu nem tinha tesouras de cabelo, sabe aquela grande, pra cortar tecido?! essa mesma me servia como instrumento. A Bea adorou o cabelo, continuou minha amiga e de corajosa cobaia se tornou minha primeira cliente.A partir de então foi crescendo em mim a vontade de me aprofundar neste universo . Entrei no curso do Senac apenas pra fazer  o módulo de corte. Fui me apaixonando, conclui todos os módulos e não parei de "respirar" cabelos.

Descabelar as pessoas passou a ser minha arte, uma vocação familiar e  uma  inevitável e assumida
paixão!

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